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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Governo terá programa para garantir permanência de estudantes cotistas nas universidades públicas


Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) preparam um pacote de medidas para assegurar a permanência de estudantes cotistas que ingressem nas universidades públicas e institutos federais, conforme a Lei de Cotas Sociais (12.711/2012) que destina 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas.

Os estudantes cotistas, com dificuldades de permanecer na universidade (por necessidade de trabalhar, dificuldade de deslocamento ou falta de recursos para comprar livros e instrumentos para fazer o curso) poderão ser beneficiados com o pagamento de bolsas e auxílios especiais. Os valores ainda não foram estabelecidos.
Além disso, o governo quer que as comunidades acadêmicas das universidades e dos institutos (que terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas) estejam preparadas para receber os cotistas. De acordo com a lei, cada instituição deverá preencher as cotas com autodeclarados pretos, pardos e indígenas na mesma proporção populacional de cada estado.
Para o caso dos estudantes negros, uma ideia é criar centros de convivência negra (como o implantado na Universidade de Brasília (UnB), uma das primeiras a ter sistema de cotas no país). “Nós estamos trabalhando junto com o Ministério da Educação num grande programa que vai facilitar a permanência do estudante, não só a partir de auxílio permanência, mas também de adaptar a universidade para esse público”, destaca o secretário-executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro.
O cálculo do governo é que o número de alunos negros cotistas suba dos atuais 8,7 mil para 56 mil estudantes daqui a quatro anos. O crescimento terá grande efeito social, espera o governo. “Se é pela escolaridade que se abrem as portas do emprego, as desigualdades tendem a ser minoradas”, pondera a coordenadora-geral para Educação de Relações Étnica-Raciais do MEC, Ilma Fátima de Jesus.
Mário Theodoro espera, além do impacto social, um efeito “simbólico”. “Teremos profissionais negros de nível superior, gabaritados e em quantidade que não temos hoje. Vamos ter uma elite intelectual mais com a cara de todo o povo”, salientou.
Segundo o secretário, o governo também vai monitorar o desempenho acadêmico e o ingresso no mercado de trabalho dos cotistas formados. “Estamos verificando em alguns momentos e em situações pontuais estigmas com relação aos cotistas, o que é um absurdo. Nós vamos monitorar para saber se há algum problema no mercado de trabalho”, informou.
O MEC e a Seppir participam hoje (11) à noite, em Brasília, da audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para discutir o mandado de segurança de autoria do Instituto de Advocacia Racial (Iara) e do pesquisador de gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto contra o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que liberou a adoção do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato (escrito em 1933), no Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).
A posição do governo é contrária à censura ou suspensão do livro. “Não se trata de vetar, mas indicar que precisa ser lido a partir da crítica”, salienta Ilma Fátima de Jesus, do MEC. Segundo ela, o PNBE não deve adotar nenhuma obra que coloque “a pessoa em situação vexatória”.
“É importante que essas obras sejam veiculadas porque fazem parte da história e Monteiro Lobato é uma figura importante. Vejo que têm que ser discutidas criticamente. Algumas passagens que hoje em dia ferem muito mais os ouvidos da sociedade brasileira do que feriam alguns anos atrás. Isso tem que ser contextualizado”, concordou Theodoro.
O advogado Humberto Adami, do Iara, também defende a contextualização e alerta para riscos de preconceitos. “Não se pode permitir que essas expressões racistas de outro momento entrem impunemente e reproduzam ou reinventem o racismo em sala de aula. Depois não adianta fazer campanha contra bullying na escola.”

Edição: Lílian Beraldo

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cármen Lúcia diz que TSE julgará todas as impugnações no prazo

 
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira que a Corte vai julgar todos os processos de impugnação de candidaturas fichas-sujas até o dia do pleito municipal, em 7 de outubro. Ela disse que o risco de alguma ação ficar sem decisão até as eleições é mínimo. A ministra informou que, para assegurar a prestação de serviço em tempo hábil, a Corte vai trabalhar em regime de plantão — e, se for preciso, haverá sessões de madrugada. Cármen Lúcia também é ministra do Supremo Tribunal Federal, onde o julgamento do mensalão tem ocupado três dias de longas sessões por semana.


Ela informou que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) estão adiantados com os julgamentos e, em tempo hábil, enviarão todos os casos para o TSE.

— Os processos vão chegar ao TSE antes das eleições, tenho conversado com vários presidentes de TREs sobre isso, eles estão trabalhando bastante. Nós vamos fazer mutirões e trabalhar de madrugada, como é costume no tribunal em ano de eleição — disse a presidente do TSE, reafirmando, otimista: — O risco de algum processo não ser julgado antes das eleições é mínimo, mas pode ter uma ou outra exceção. Mas até a data das posses, não vai ter nenhum processo pendente, de jeito nenhum.

O TRE do Rio de Janeiro recebeu 2.069 recursos relativos a registros de candidaturas. Até a manhã de ontem, 1.584 já haviam sido julgados. Para dar conta do volume, a Corte tem julgado, em média, 300 recursos em cada uma das duas sessões semanais. O horário de julgamento foi ampliado em relação aos últimos meses e, algumas vezes, chega a durar sete horas. Muitos processos são julgados em bloco, selecionando recursos de mesma natureza jurídica com a mesma decisão para todos.

O TRE de São Paulo havia recebido 2.763 recursos, tendo julgado 1.911 casos.

Carolina Brígido

Texto recebido por e-Mail : Dr. Edvaldo Ramos Firmino OAB -  199.355
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